quinta-feira, 18 de novembro de 2010

François Vatel

Nascido no ano de1631, famoso por ter sido o inventor do creme chantilly. E ter cometido suicídio em 1671 porque uma mercadoria poderia não chegar a tempo para um jantar com 2.000 hospedes no château de Chantilly (daí vem o nome).
Trabalhou com Nicolas Fouquet (1615-1680), Luis XIV, Luis II de Bourbon, o Principe de Condé e outros grandes nomes da nossa Historia. 
Então, vamos ao que (também) interessa!
Receitas! receitas! De Mounsieur Vatel, o perfeccionista.






Melão no Presunto de Parma.
Ingredientes:
Melão maduro grande - 1/2
Presunto de parma - 6 fatias de 3mm de espessura
Limão Siciliano - 1 sumo
Pimenta do reino preta - a gosto
Fatias finas de 1 limão cortado em rodelas


Modo de Preparo:
Esfrie bem o melão. Corte-o em seis finas fatias, remova as sementes e retire a casca. Enrole a fatia de melão no presunto de parma.
Embale cada pedaço do preparo em papel filme e coloque-os para esfriar. 
Esprema suco de limão siciliano e polvilhe pimenta do reino preta por cima. Sirva as gôndolas de melão com as fatias de limão em baixo.


Au Revoir mes amis! À demain
Em breve, vídeos tutorias (hehe).














Pra quem quiser saber mais um pouco sobre Vatel, clique aqui (a pagina é em ingles..E não, não tenho a tradução) ;D

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Os Grandes

De volta ao trabalho!

A partir de hoje, gostaria de escrever um pouco aqui no blog, sobre Chefs de cozinha, que na minha opinião mudaram a perspectiva da gastronomia de alguma forma. E nada melhor do que começar com uma linha do tempo! Então, quebrei um pouco a cabeça ontem fazendo isso... No final ficou bonzinho, mas só agora percebi que os nomes não estão em ordem cronológica, mas sim alfabética. Mas, estão em ordem alfabética dentro do grupo cronológico... Entende?? É um pouco confuso... rsrsrs 
Percebam que a maioria do Chefs tem nome de origem Francesa. Curioso, não?
Então, hoje vou quebrar um pouco mais a cabeça, e amanhã começo falando sobre François Vatel (aquele do filme "Vatel"). 

Au Revoir!
À Demain!

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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dia de Los Muertos

Achei os docinhos fofinhos! Ja passou a data, mas aqui vai pra vcs!

Gastronomia mexicana do Pepper's Bar comemora o "Dia de Los Muertos".

foto: Glen Van Etten

Em terras mexicanas, o dia de los muertos é sinônimo de muita diversão. Bonecos de caveiras coloridas, música, fantasias e boa comida fazem parte do dia de los muertos, no que parece ser uma bem sucedida mistura entre Carnaval e Halloween.

Para comemorar essa tradição o bar mexicano Peppers preparou atrações especiais para a segunda-feira (01/11). A casa estará no clima da festa dos mortos, decorada com muitas caveiras e fitas coloridas e oferece uma promoção especial: quem pedir um Mojito (hortelã, açúcar, rum e suco de abacaxi – R$15) ou o drink Celebration (suco de laranja, groselha, vodka, curaçao blue e gelo – R$15) ganha o segundo, além disso todas as mulheres que entrarem na casa ganham uma mini marguerita frozen como welcome drink. Quem aparecer fantasiado fica isento da entrada de R$5.

Para acompanhar, nada melhor que degustar algumas delícias da culinária mexicana. O prato chamado Pança Cheia trás à mesa 2 tacos, 2 burritos tradicionais, 1 quesadilha, chilli, nachos, guaca mole, salsa e cheddar e custa R$48. Quem optar pelo Arriba recebe uma tortilha recheada com cubos de frango, pimentões, requeijão, alface e tomate por R$15.

Serviço:
Endereço: Rua Domingos de Moraes, 2330 - Vila Mariana, São Paulo







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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Bolo de Caneca!

Pra você, que possui um forno microondas (infelizmente eu não), recomendo testar!

Super fácil de fazer e rápido.



A brincadeira é que você bate os ingredientes na própria caneca com um garfo, e coloca no microondas por 3 minutos. A massa crua é mais mole que a de um bolo normal, mas é assim mesmo. 
 
Não aumente a farinha ou terá um bolo duro.

Ingredientes:
- 1 ovo pequeno
- 4 colheres (sopa) de leite
- 3 colheres (sopa) de óleo
- 2 colheres (sopa) rasas de chocolate em pó
- 4 colheres (sopa) rasas de açúcar
- 4 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo
- 1 colher (café) rasa de fermento em pó

Modo de Preparo:
- Coloque o ovo na caneca e bata bem com um garfo.
- Acrescente o óleo, o açúcar, o leite, o 
chocolate e bata mais.
- Acrescente a farinha e o fermento e mexa delicadamente até incorpar.
- Leve por 3 minutos no microondas na potência máxima.

Dicas
- A caneca deve ter capacidade de 300ml.
- A medida de colher é sempre rasa.
- Você pode servir este bolo com coberturas, caldas, castanhas e sorvete. E pode comer quente.


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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Beijo de Vampiro, drink.




Muahahahaha


Ingredientes:
1 parte de vodka
1 parte de Champagne1 parte de Chambord (licor de framboesa)
Decore com os dentes de vampiro (balinha) e uma mistura de syrup e anilina líquida vermelha (tinta pra comida). 

Modo de preparo:
Despeje vodka gelada em um copo de martini, acrescente o champanhe e despeje um pouco do Chambord sobre o dorso de uma colher para dentro do copo. 
Decore a borda do copo com o syrup colorido e acrescente o dente de vampiro.


e
voilá!!

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Doce de abóbora fantasmagórico


Achei tão bonitinho! =3


Ingredientes





Pudim:
1 pacote de gelatina
2 xícaras de leite integral
1 xícara de açúcar
6 gemas (reservar 2 claras para a cobertura)
1 / 4 colher de chá de canela em pó
1 / 4 colher de chá de sal fino
420g de purê de abóbora

Cobertura:
2 ovos
1 / 3 xícaras de açúcar
1 / 2 colher de chá de creme tártaro
1 pitada de sal fino

Modo de preparo

Para o pudim:
Coloque 1 colher de sopa de água fria em uma tigela grande. Polvilhe a gelatina sobre a superfície, não mexa e reserve até que a gelatina amacie.

Bata o leite, o açúcar, as gemas, a canela e o sal e depois cozinhe em banho maria mexendo constantemente até a mistura começar a engrossar. Antes de começar a ferver retire do fogo e despeje sobre a gelatina, mexendo sempre até que a gelatina se dissolva completamente e uniformemente. Adicione mistura no purê de abóbora e bata até ficar bem lisa. 

Divida mistura em 12 potinhos e leve à geladeira até endurecer. Cerca de 4 a 8 horas.

Para a cobertura:
Bater as 2 claras de ovo, açúcar, creme tártaro e sal em uma tigela. Bata mistura em banho maria até que fique quente e dissolva todo o açucar. Bata mistura em uma batadeira até obter ponto de pico (quando vira não cai).

Coloque cobertura no pudim em forma de fantasma e reserve na geladeira por mais 2 horas.


Voiláá!

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

HALLOWEEN!!!!!

Pra mim, o melhor evento do ano está chegando!!

E pra comemorar, a partir de hoje até o halloween vou colocar receitas yummylicious pra vcs!!
bejitos!!!



Drink macabro

Ingredientes

Açúcar preto de decoração, para o copo.
Suco de 1 limão. E um pouco de limão para o copo.
1 / 4 xícara de rum escuro
1 / 4 copo de cerveja de gengibre (pode substituir por cerveja red ale)
Uma balinha de gelatina de aranha preta. (se não tiver, pode ser dente de vampiro)

Modo de Preparo
Espalhe o açúcar preto em um prato pequeno. Esfregue o limão ao redor da borda de um copo, passe a borda do copo no açúcar negro, em seguida, coloque gelo.
Misture o rum e o suco de  limão em uma coqueteleira. Encha com gelo e mexa bem.Cuidadosamente coloque a mistura no copo, cuidado com o açúcar na borda. Complete o drink com a cerveja e adicione a balinha de aranha.

Voilá!

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Truffe

A jóia do momento

O grande ingrediente do mês para os apreciadores da alta gastronomia é a trufa branca.
A trufa nasce sob a terra, a uma profundidade de 20 a 40 centímetros , próximo à raiz de carvalhos e castanheiras. As melhores trufas brancas vêm de Alba, pequena cidade italiana entre Turim e Milão. A colheita das trufas começa em setembro e se estende à novembro, quando acontece a famosa feira na cidade , que conta com uma extensa programação cultural. O evento,freqüentado há 76 anos pela nata do mundo vip, já teve como patronos artistas como Sophia Loren e Gerard Depardieu.

O processo de colheita é artesanal e tido como uma grande aventura, que chega a ser oferecido por operadoras como opção de programas de turismo qualificado. A tarefa que no passado contava com trabalho de porcos atualmente é executada por cachorros vira-latas adestrados especialmente para farejá-las. Uma vez localizadas entra em cena o tartufaio, especialista em trufas, que é quem revolve a terra e retira a trufa do solo sem quebrá-la nem ferir-lhe a superfície. Todo o cuidado é pouco visto que ela só terá valor se as suas características originais forem preservadas.

As trufas brancas são as mais apreciadas pelo inigualável aroma que possuem. As mais caras chegam a custar em torno de 7 mil dólares o quilo e costumam ser vendidas em leilões. As que exibem uma sutil coloração rosada são consideradas melhores, de aroma mais marcante. As melhores safras ocorrem em outonos chuvosos, pois as trufas precisam de muita umidade para crescer. A trufa branca exige um cortador específico, com lâminas ultrafinas. Quem tiver a oportunidade de ter em mãos uma trufa, deve estar preparado para cortá-la o mais fino possível. Quanto mais fina for cortada, mais sabor vai liberar, e o ideal é deixá-la com a espessura de uma folha de papel sulfite. É importante lembrar também que a conservação da iguaria é tão delicada quanto à mesma. A dica é mantê-la pelo período máximo de 1 semana dentro do arroz, para evitar a umidade. Se não for consumida logo, deve ser embalada a vácuo, condição que mantém suas propriedades por até 1 mês. Combina com massas, risotos e ovo . Uma das receitas mais simples e mais apreciadas pelos europeus é o ovo "all'occhio di bue", pois reúne a simplicidade do ovo e a exuberância da trufa branca fresca.

As trufas são silvestres e até hoje não se descobriu um jeito de cultivá-las. Daí o motivo que a cada ano tem seu preço mais elevado.


 



Trufas Brancas

Em 8 de novembro de 2009 uma trufa branca de 750 gramas foi leiloada por 100 mil euros na Itália. As trufas brancas são muito apreciadas por chefes de cozinha devido ao seu inigualável aroma. As trufas de Alba, por serem as melhores, podem custar até 6 mil dólares o quilo. As que exibem uma sutil coloração rosada são consideradas melhores, de aroma mais marcante. As melhores safras ocorrem em outonos chuvosos, pois as trufas precisam de muita humidade para crescer.
A trufa branca exige um cortador específico, com lâminas ultrafinas, pois quanto mais fina for cortada, mais sabor vai liberar. A espessura ideal é a de uma folha de papel.
Combina com massas, risotos e ovo frito. O prato predileto dos "experts" é o ovo "all'occhio di bue", pois reúne a simplicidade do ovo e a exuberância da trufa branca fresca.
Pode ser comida tambem como um pão.
O quilo chega a custar de R$6.000,00 a R$18.000,00.

Trufas Negras
As trufas negras (Tuber melanosporum) exalam aroma menos acentuado, superfície mais rugosa e são mais resistentes ao manuseio. O quilo custa em média 700 dólares e pode chegar a 1.200 dólares. Ao contrário das brancas, podem ser lavadas em água.
A trufa negra já foi chamada de "Diamante Negro" ou "Pérola Negra" devido à sua raridade.
Preço relativamente acessível, de R$ 600,00 a R$ 1.800,00 o quilo.

http://www.claudetroisgros.com.br/dicas/trufa.htm

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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Alho negro traz nova cor à gastronomia

por Hanny Guimarães | Fotos: Roberto Seba 
O bulbo comum, fermentado e envelhecido, perde o sabor ardido, recebe cor e começa a chegar às mesas de restaurantes brasileiros


Doce, frutado e macio. Quem diria que essas seriam qualidades atribuídas a um alho? Um processo originário doOriente para fermentação e envelhecimento do bulbo comum (Allium sativum) traz nova cor à mesa. Com casca dourada e dentes escuros, pode levar a pensar que foi queimado ou está apodrecido. Mas, tal como vinho, o alho negrofica ainda melhor com o passar do tempo quando se tomam alguns cuidados. 

A história faz segredo sobre a procedência da técnica de preparo do alho negro, assim como fazem aqueles que dominam o processo. O que se sabe, no entanto, é que coreanos e japoneses disputam o posto de criadores da iguaria. Na Coreia, foi introduzido como suplemento na dieta por conter alto teor de antioxidantes, substâncias benéficas à saúde. Na internet, há referências sobre um pesquisador japonês que teria “inventado” o tal alho em 2005. E foi justamente no Japão que o famoso chef espanhol Ferran Adrià o teria provado pela primeira vez, em 2007. De concreto mesmo, somente há a certeza de que o ingrediente é novo tanto para os orientais quanto para os ocidentais e que só agora, atraindo os olhares do mundo, escreve seu primeiro capítulo. 

No Brasil, uma única produtora domina a técnica que transforma o alho comum em alho negro. Marisa Ono, cozinheira de mão cheia, vive em um sítio em Ibiúna, SP, e compartilha suas experiências culinárias no site Delícia. Uma conversa numa comunidade na internet, dois anos atrás, teria despertado o apetite da produtora por informações sobre a novidade. No fórum online, ela soube da existência da guloseima por meio do chef de cozinha Carlos Bertolazzi, do paulistano Zena Caffè. No ano anterior, ele havia estagiado no restaurante de Ferran Adrià, na Espanha, onde foi apresentado a caixas e mais caixas do produto, grafadas com letras japonesas. Não compreendia o que estava escrito, mas o sabor e o aroma despertaram sua atenção. “Fiquei maravilhado, e, de volta ao Brasil, perguntei à Marisa se ela sabia do que se tratava”, diz.

Processo de produção 
Marisa, mais familiarizada com os ideogramas, iniciou sem alarde suas pesquisas. Grande parte da bibliografia para entender o processo de produção do alho negro encontra-se em japonês. “No final de 2008, chegou um Sedex para mim, com uma carta escrita a mão. Eram alhos negros obtidos por Marisa, e eu fiquei surpreso, porque mesmo sem conhecê-lo antes, sem saber a textura e o sabor, ela tinha chegado a 99% das características do produto. Ela fez o primeiro alho negro sem nunca ter visto um”, conta Bertolazzi. 

Segundo ele, para fabricar um alho negro é necessário selecionar as melhores cabeças do alho comum – geralmente as com dentes maiores –, além de ter conhecimento sobre processos de fermentação. Escolhidas as cabeças, elas são mantidas numa estufa por entre três semanas e um mês. Nesse período, são controladas a temperatura e a umidade para que possibilitem atingir a coloração e o ponto ideal de maturação. “Não se aplica nada: é alho puro”, explica o chef. Depois de pronto, se bem conservado em embalagem fechada na geladeira, o alho negro tem validade de três meses.
Uma das qualidades do alho negro é sua versatilidade na culinária, indo bem até em sobremesas. O chef do Zena Caffè diz que já viu chocolate e sorvete com alho negro. “Ele lembra vinagre balsâmico, tamarindo e melaço, combina bastante com massas, frutos do mar e defumados. Quem não gosta do alho cru, quando experimenta o negro, vê que é uma coisa completamente diferente”. 

O alho negro é pouco conhecido no país, mas aos poucos vem sendo introduzido na gastronomia brasileira. O consumo ainda é restrito a restaurantes e aos poucos entusiastas que procuram por novidades. Em São Paulo, a iguaria pode ser encontrada também em pasta, em empórios no bairro do Bom Retiro. Mas, in natura, só mesmo com Marisa, que comercializa o quilo a R$ 100 e envia por correspondência, adicionando os custos de frete. 

Enquanto aguarda a encomenda, aproveite para aprender uma receita simples e saborosa com alho negro, criada pelo chef Carlos Bertolazzi.
Spaghetti al Triplo Aglio 
(4 porções) 

Ingredientes 
- 320 gramas de espaguete 
- 4 dentes de alho comum 
- 2 cabeças de alho negro 
- 1 talo de alho-poró 
- Salsinha picada a gosto 
- Sal e pimenta-do-reino moída a gosto 
- Azeite a gosto 

Modo de preparo
Em uma frigideira, refogue com um pouco de azeite o alho-poró cortado em tirinhas bem finas e reserve. Aqueça mais azeite e doure o alho comum cortado em fatias finas até ficarem crocantes. Retire do fogo e adicione os dentes de alho negro e o alho-poró. Cozinhe a massa em bastante água salgada, até ficar al dente. Escorra o espaguete e misture aos alhos, adicionando um pouco da salsinha picada e ajustando o sal e a pimenta. Finalize com o alho frito e sirva imediatamente. 



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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Alcachofra - Cynara cardunculus subsp. scolymus

alcachofra (al-ca-cho-fra)
s. f.
Planta hortense cuja volumosa inflorescência fornece, antes de se abrir, um recetáculo comestível, como a base das brácteas. (Família das compostas.)
LOVE IT!



Trazida ao Brasil no final do século 19 pelos imigrantes europeus - especialmente italianos, seus principais divulgadores mundo afora -, a alcachofra é colhida na abertura da primavera, para alegria de seus fãs que a devoram, folha por folha, num saboroso ritual. A safra vai até dezembro, mas a primeira colheita é a melhor, por oferecer frutos mais saborosos e macios. Produzida em São Roque, a menos de 60 km da capital, e em Santo Antonio do Pinhal, na região de Campos do Jordão, no Vale do Paraíba, essa apreciada flor (sim, alcachofra é uma flor) pode ser saboreada em dois irresistíveis festivais que têm início em outubro e vão até o final do mês. Anote as dicas: 18a Expo São Roque (Parque Recanto da Cascata, Raposo Tavares, km 54;http://www.exposaoroque.com.br/) e VII Festival de Alcachofra em Santo Antonio do Pinhal nos restaurantes Donna Pinha e Santa Truta. Informações pelos fones (12) 3666-2669/2764 -  ( Revista GOSTO)

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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O Banquete do Poder

Jorge Bastos Moreno
Palácios sempre foram sinônimo de mordomias e festas. No dia a dia não é tão bem assim. Jânio Quadros, a quem entrevistei, antes da anistia, com o compromisso de não perguntar nada sobre a renúncia, acabou desabafando: "Eu não aguentava a comida daquele palácio. Comia-se muito mal ali: um bife, arroz, feijão e ovo." 

Na primeira vez que Sarney abriu o Alvorada para um almoço com jornalistas, serviu-se uma rabada com polenta. Meus colegas adoraram, mas outros não gostavam do prato. 

Quando marcou, com um mês de antecedência, um almoço com Ulysses Guimarães no Alvorada, Collor não imaginou que a data coincidiria com a explosão da entrevista-denúncia do irmão Pedro. Todos associaram a visita de Ulysses a um conselho para o presidente renunciar ao mandato. 

Na saída do Alvorada, um batalhão de repórteres e uma pergunta em coro: 

— Como foi o almoço? 

— Uma droga. Como se come mal neste palácio! — reclamou Ulysses. 

No governo Fernando Henrique, piorou. O presidente resolveu botar no cardápio o símbolo do real: o frango, grelhado, seco e insosso, até que um dia um dos seus importantes comensais, Luís Eduardo Magalhães, reclamou pelos jornais: 

— Eu não aguento mais ver frango na minha frente. 

Em vez de mudar o cardápio, FH tentou mudar de casa. Promoveu uma reunião na casa do vizinho e vice Marco Maciel, no Palácio Jaburu. Serra, presente, saiu de lá xingando: 

— Aqui é pior, me serviram um passarinho. Eu não como passarinho, ainda mais queimado. 

Serra estava se referindo a codornas assadas. Depois disso, o presidente resolveu recorrer aos serviços da chef Roberta Sudbrack. 

Lula mudou o cardápio, mas a melhor comida passou a ser a da Granja do Torto, onde às vezes o próprio convidado, como aconteceu com o ex-deputado Sigmaringa Seixas, tem que correr à noite de lanterna para caçar um pato. Churrasco passou a ser o prato principal. Mas há risco de o convidado chegar lá num dia em que o dono da casa acordar invocado e resolver pescar um pacu do seu próprio tanque. Aí é de matar. Pior do que um pacu de tanque, gordo e com gosto de barro, só mesmo uma colher de Emulsão Scott, aquele remédio à base de óleo de fígado de bacalhau. 

De todos os inquilinos do Alvorada, pós-ditadura, o único que sabe cozinhar é mesmo o Lula. Antes de assumir, Lula costumava fazer altos banquetes no seu sítio no interior de São Paulo, graças a um fogão a lenha que ganhou de presente do restaurateur Jorge Ferreira, de Brasília. 

— Eu faço uma galinha caipira com polenta como ninguém nunca fez antes neste país. O charme é você cortar a polenta com fio de barbante — costuma dizer Lula.
Publicado no Globo 16/09/2010 

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